sábado, 19 de maio de 2018

Analfabetismo cai muito pouco no Brasil - Mais de 11 milhões ainda não sabem ler, diz IBGE

O país tinha 11,46 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler ou escrever um bilhete simples em 2017. Eram 11,76 milhões no ano anterior. Desta forma, a taxa de analfabetismo brasileira recuou de 7,2% em 2016 para 7% em 2017. 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou queda do analfabetismo entre homens (de 7,4% para 7,1%) e mulheres (7% para 6,8%), assim como entre pessoas de cor branca (4,2% para 4%) e preta ou parda (9,9% para 9,3%). 

A pesquisa mostrou ainda que o analfabetismo tem um perfil predominante: são pessoas de 60 anos ou mais de idade da região Nordeste. Esse dado é explicado pelo déficit histórico de acesso à educação verificado especialmente no meio rural do país. Dos 11,5 milhões de analfabetos, 6,4 milhões estão no Nordeste. Destes, 3 milhões tem 60 anos ou mais.

Os indicadores levantam dúvidas sobre a eficácia dos programas voltados para alfabetização de adultos (15 anos ou mais) no país. De acordo com a Pnad Contínua, o número de pessoas frequentando aulas de alfabetização de jovens e adultos (AJA) recuou de 153 mil em 2016 para 118 mil no ano passado, baixa de 22%. 

O analfabetismo de pessoas de 60 anos ou mais no país até encolheu, de 20,4% para 19,3%, mas esse movimento seria, em boa medida, reflexo de um efeito demográfico e não necessariamente a alfabetização de idosos. "Isso tem também a ver com o envelhecimento de pessoas mais escolarizadas, que entram para esse grupo, e também com a morte de pessoas mais velhas", disse Marina.

Com o lento progresso, o Brasil segue distante de atingir a meta oficial de erradicar o analfabetismo até 2024, como previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014. O país já descumpriu uma meta intermediária desse mesmo plano, de reduzir o indicador para 6,5% em 2015. O IBGE evitou, no entanto, apontar que a meta tende a não ser alcançada. 

Posição do Brasil 


Mesmo com os avanços conquistados na última década, o Brasil ainda exibe uma das piores taxas de analfabetismo de jovens e adultos (15 anos ou mais de idade) entre os países da América Latina e Caribe. Num ranking de 21 países da região compilados pela Unesco, o país apresenta a 15ª maior taxa, de 7%, a mesma registrada pelo Suriname. 

Se o país fosse representado no ranking pela região Nordeste, onde o analfabetismo atinge 14,5% da população, ficaria atrás apenas da Guatemala (19%), na última posição. Se fosse representado pela região Sul, onde a taxa de analfabetismo é de 3%, apareceria em sétimo. O ranking é liderado por Cuba, com taxa de analfabetismo zero. 

Leia também o artigo de Luiz Claudio Nogaroto: "Educação: a base para o desenvolvimento"

Com informações de Valor Econômico


Pré-candidato a Deputado Federal por São Paulo, Luiz Claudio Nogaroto nasceu em Tremembé e reside em Taubaté, municípios do Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Formou-se em Engenharia Mecânica, com pós-graduação em Carreiras Públicas. Iniciou sua carreira na administração pública em 2002 e desde 2011 exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal. Em 2016, iniciou sua atuação na força-tarefa da Operação Lava Jato. Em paralelo, Nogaroto atua como professor e coach para concursos públicos em todo país.

Assista ao trecho da entrevista onde Luiz Claudio Nogaroto destaca, dentre outros, a importância de se investir mais na educação básica.








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