segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Barroso defende Lava Jato: ‘Estão tentando destruir tudo que foi feito".

Em entrevista ao Marco Antônio Villa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse que “eventuais excessos” da Operação Lava Jato não podem desviar o foco do combate à “corrupção sistêmica” que existe no Brasil.

No último sábado (13), ao falar das mensagens roubadas da Operação, Barroso apontou a “operação abafa” que está em curso por meio da aliança de todos os setores para enterrar ações de combate à corrupção no país.

“Não é esse o ponto, alguém ter dito uma frase inconveniente ou não. É que estão usando esse fundamento pra tentar destruir tudo que foi feito, como se não tivesse havido corrupção. O problema do Brasil foi a Lava Jato e os seus eventuais excessos, não foi a corrupção”, ironizou Barroso.

O também ministro do TSE lembrou a devolução por um ex-gerente da Petrobras de mais de R$ 100 milhões de propina desviada dos cofres da estatal e a apreensão de R$ 51 milhões em dinheiro vivo no “bunker da propina” do petista Geddel Vieira Lima.

“É claro que, se tiver um excesso, ele deve ser objeto de atenção. Mas é preciso não perder o foco. O problema não é ter tido exagero aqui ou ali. O problema é esta corrupção estrutural, sistêmica, institucionalizada, que não começou com uma pessoa ou um partido, vem de um processo acumulativo que um dia transbordou. E o que a gente assiste hoje é a tentativa de sequestrar a narrativa como se isso não tivesse acontecido”, afirmou o ministro.

Barroso acrescentou: “Um dos problemas é que, no andar de cima no Brasil, quase todo mundo tem um parente, um amigo, um parceiro que esteve envolvido com alguma coisa errada. E aí se forma um arco de alianças. O Brasil está polarizado de norte a sul, só há um consenso: varrer a corrupção pra baixo do tapete.” 


Luiz Claudio Nogaroto  nasceu e reside em Tremembé/SP, é engenheiro mecânico de formação, graduando em engenharia da Computação, e  pós-graduado em Carreiras Públicas. Iniciou sua carreira na administração pública em 2002, na Petrobras. Em 2009, foi aprovado e nomeado para o cargo de Analista de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas do Estado de São Paulo. No ano seguinte, Nogaroto assumiu o cargo de Auditor Fiscal da Receita do Estado do Rio Grande do Sul e, desde 2011, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Primeiramente, atuou na fronteira do Brasil com o Paraguai, diretamente no combate ao tráfico de drogas e armas. Posteriormente, passou a trabalhar em grandes operações e, em 2016, iniciou sua atuação na força-tarefa da Operação Lava Jato.
Na política, foi candidato a Deputado Federal pelo Estado de São Paulo, nas eleições de 2018.


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