Por Luiz Claudio Nogaroto - A força-tarefa da Operação Lava Jato devolveu mais de R$ 1 bilhão à Petrobras nesta quinta-feira, 9. O valor foi recuperado pela operação por meio de acordos de leniência e de delação premiada, e totaliza R$ 1,034 bilhão. Até agora, a empresa já conseguiu recuperar R$ 2,5 bilhões desviados.
O montante foi obtido em recursos devolvidos por executivos de empreiteiras e pelas próprias empresas envolvidas na operação e, de acordo com a Petrobras, essa é a maior restituição recebida de uma só vez. Desse valor, R$ 259 mil foram depositados em uma conta judicial da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba e o restante foi diretamente para a Petrobras.
Na cerimônia de devolução, realizada nesta quinta-feira (9), em Curitiba, Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, fez questão de enfatizar a importância das eleições deste ano. A escolha de bons candidatos nas eleições de 2018 será fundamental para que os problemas identificados pela Operação Lava Jato não se repitam. Dallagnol afirmou que a sociedade precisa "assumir as rédeas" do combate à corrupção.
"Cabe aos brasileiros estarem unidos nas eleições de 2018. Sem que a sociedade tome a postura correta, não haverá a troca de rostos corruptos no poder, perpetuando rostos criminosos de que estamos cansados. Esperamos que, em 2019, forme-se um congresso plural por meio da eleição de pessoas de passado limpo, compromisso com a democracia e que apoiem um grande pacote anticorrupção", diz Dallagnol.
Para tal, Dallagnol sugere que a população adote três critérios no momento de escolher os seus candidatos: passado limpo, compromisso com a democracia e apoio a um pacote de medidas de combate à corrupção.
O evento contou com representantes do Ministério Público Federal, Receita Federal, Polícia Federal, Petrobras, entre outros.
Segundo a Receita Federal, os malefícios causados pela corrupção também se estendem à sonegação fiscal. De acordo com o órgão, as investigações da Lava Jato resultaram em cobranças a pessoas físicas e jurídicas de aproximadamente R$ 17 bilhões. "Há, claramente, uma relação entre corrupção e sonegação fiscal", diz Gerson D'agord Schaan, auditor fiscal da Receita Federal do Brasil.
Quer entender melhor para onde vão os recursos recuperados pela Lava Jato? Assista ao vídeo abaixo:
Quer entender melhor para onde vão os recursos recuperados pela Lava Jato? Assista ao vídeo abaixo:
Candidato a Deputado Federal por São Paulo, Luiz Claudio Nogaroto nasceu em Tremembé e reside com a sua família em Taubaté, municípios do Vale do Paraíba. É engenheiro mecânico, pós-graduado em Carreiras Públicas. Iniciou sua carreira na administração pública em 2002, na Petrobras. Em 2009, foi aprovado e nomeado para o cargo de Analista de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas do Estado de São Paulo. No ano seguinte, Nogaroto assumiu o cargo de Auditor Fiscal da Receita do Estado do Rio Grande do Sul e, desde 2011, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Primeiramente, atuou na fronteira do Brasil com o Paraguai, diretamente no combate ao tráfico de drogas e armas. Posteriormente, passou a trabalhar em grandes operações e, em 2016, iniciou sua atuação na força-tarefa da Operação Lava Jato.
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